quarta-feira, 26 de novembro de 2014

SUCESSO PROFISSIONAL: Macaco vê, macaco faz - O dinamismo dos macacos modernos

     O sucesso profissional é considerado uma meta de vida ávida para muitas pessoas que inserem-se no mercado de trabalho. Esse inserir-se vem acompanhado por várias fazes intermediárias que são rotuladas de educação básica e até ensino superior. No entanto, a troca dos valores educacionais (o conhecimento e o aprendizado) por valores diplomáticos (o título de graduado, mestre, doutor) tem sido a troca o verdadeiro mal do século, bem como, a visão pueril do sucesso profissional diretamente proporcional ao sucesso financeiro, esse último não como consequência daquele mas como prioridade.
     No Brasil, tais apontamento têm sido comuns e estão vinculados as imagens representativas sociais, como a influência do laço familiar que, baseando-se na ideia do "felicitômetro" ligado ao fator dinheiro, tem transformado a meta do valor econômico para a felicidade, sucesso proficional, engrandecimento e tutti quanti ligado a tais.
     Independentemente dos valores da família no contexto social, outra imagem representativa tem tomado conta do cenário de profissionais felizes: os grandes demagogos da política intelectual brasileira, que apostam no valor financeiro inerente ao processo de sucesso profissional.
     Assim, como o macaco vê, macaco faz, o brasileiro é guiado por esses exemplos e emblemas sociais para guiar-se em sua escolha profissional, conquanto, essa é a verdadeira responsável pelo sucesso profissional: a escolha.
     Mutatis mutandis, o sucesso profissional é uma consequência de sua escolha profissional, e tal escolha deve ser feita a partir de suas convicções estudantis, ademais tudo depende de sua vontade de crescer e mais: viver sua vida.

- Yorran Montenegro.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A BUSCA

A vitalidade do ser humano é aos poucos balanceada por um lapso de tempo memorável que dura até onde ele mesmo pode suportar. E por que suportar? Pois é necessário ser uma pessoa altamente controlada em seus hábitos e costumes diários para ao menos suportar a sua própria vitalidade.
            Mas afinal de contas, o que vitalidade? – Vou ser um pouco pragmático agora. A palavra vitalidade vem do latim e significa aptidão para a vida; força vital; energia; entusiasmo; atividade transbordante. Deixando o intelectualismo de lado, vitalidade significa àquilo que você tem entusiasmo, o que te faz viver hoje, agora, nesse exato momento.
            A minha ideia de suportar essa vitalidade vem da ideia de: como pode um ser humano ter certo entusiasmo pela vida se ele nem ao menos descobriu sobre o mesmo? As pessoas sempre buscam a ideia de que você possui algo já definido para viver. Quem dera, nós, pobres mortais, já estarmos pré-programados para uma aptidão prática para algo. Nós somos propositalmente inclinados a um plano de livre-arbítrio que de uma forma ou de outra pari passu que nos deixa perdidos no vasto universo de aptidões e marcas ideológicas, nos faz navegar a deriva sobre tais sem nem ao menos saber em que estamos pisando. Com isso, vamos a uma velha contradição lógica: o que danado faço eu por aqui? Qual a minha vitalidade sobre isso? Se você já se sentiu assim, bem, você é humano. Se você não se sente perdido sobre a “infinitude” de marcos verídicos prontos para serem explorados, acho que você já descobriu sua aptidão, mas basicamente, muitos não sabem. Respeito os primeiros, mas me admiro com os segundos.
            É basicamente um jogo de cintura clássico que o brasileiro pode chamar de “jeito brasileiro”, mas que, na maioria das vezes só traz confusão sobre sua identidade pessoal. Esse jeito se contradiz, por isso não é tão bom ser levado por esse espírito difuso.
            A ideia da busca pela vitalidade humana me deixou cabisbaixo por certo tempo, mas no final sempre encontramos uma solução prática para essa busca, afinal, nunca deixamos de buscar.
            Mas, a partir daí chega aonde, finalmente, quero chegar: o que você está buscando?
            Veja; isso não é uma pergunta clássica que qualquer pessoa na esquina que seja razoavelmente normal vá te perguntar, mas descobri recentemente que sou alguém de perguntas diferentes – gostei do título – e que gosta de aos poucos aprofundar-se no universo paralelo, no entanto, posso garantir que isso me interessa desproporcionalmente.
            Mas, então, o que hoje você busca? Não sei se você poderá responder essas palavras, mas sua resposta pode trazer um impacto para a sua vida hoje. Por que não perguntar-se sobre.
            A busca pessoal é tão infinitamente memorável e crucial, que o próprio ser humano perde-se na imensidão do seu mar, velejando sobre as mais tênues estações da busca humana da vitalidade. A vida é impressionante, eu sei. No entanto, ela também traz uma viajem quase que ímpar, na qual não se pode simplesmente regressar mas simplesmente viver as consequências da viajem; deitar sobre a vela do navio e surpreender-se com o mar cada vez mais indolente que surge a sua frente, fazendo-o não só permanecer a sós consigo mesmo mas meditar sobre as suas buscas pessoas e ver se, ao menos, você está preparado para as consequências.
            A busca inicia-se a medida que o seu interior é levado para a mais obscura sala, onde permanece só consigo mesmo e começar a conhecer-se melhor. É nesse conhecimento que o mundo para ao seu redor e começa a, de acordo com suas finalidades, girar a seu favor ou contra. Tudo depende da sua disposição, mas além de tudo, depende do seu entusiasmo.
            A minha experiência pessoal é que a busca ela te leva por lugares nunca antes explorados, ela te faz passear sobre o campo aberto de lírios e te faz pensar: por que não seguir por esse outro raciocínio e ver o que acontece. É basicamente isso. É você pensar em percorrer as alternativas de vida que você nunca cogitou em seguir e deixar-se permitir-se ir. Hoje, a vida ensina-nos a cada dia mais sobrevoar sobre os raciocínios ilógicos e mais propositalmente diferentes para ver se nossa busca vitalícia tenha certo lapso da própria vitalidade. Não é apenas fazer o que desejamos, mas o que não desejamos, percorrer caminhos não é escolhê-los, mas simplesmente caminhar. É permitindo-se isso que a busca torna-se agradável, pois, é a partir do caminhar que vem o resultado da vitalidade. A sua busca, seu caminhar, sua vitalidade. É isso, nada mais.
            Ás vezes, começamos a perceber que os caminhos tomados hoje são diferentes dos de antes, mas, ás vezes chegamos a conclusão que antes dera-nos deixar-nos caminhar pelos caminhos que não caminhamos e ver o que aconteceria.

            Permita-se, é isso que aprecio.

- Yorran Montenegro.

sábado, 1 de novembro de 2014

LIBERDADE, VOCÊ A TEM?

     Faço minhas as palavras dele. Você também? Veja:
     "Os políticos fazem sobre o amor á liberdade os mesmos sofismas que os filósofos sobre o estado de natureza - pelas coisas que veem, julgam coisas muito diferentes, que não viram; atribuem aos homens uma tendência natural à servidão pela paciência com a qual aqueles, que têm sob os olhos, suportam a sua, sem pensar que com a liberdade acontece o mesmo com a inocência e a virtude, cujo valor só se percebe à medida que a própria pessoa usufrui delas e cujo gosto se perde assim que se as perdem. "Conheço as delícias de tua terra", dizia Brásidas a um sátrapa que comparava a vida de Esparta à de Persépolis, "mas não podes conhecer os prazeres da minha." 
     [...] O homem bárbaro não dobra a cabeça ao jugo que o homem civilizado carrega sem murmurar e prefere a mais tempestuosa liberdade a uma tranquila dominação. Não é, pois, pelo aviltamento dos povos dominados que se devem julgar as disposições naturais do homem a favor ou contra a servidão, mas sim pelo prodígio realizado por todos os povos livres para se defenderem da opressão. [...] "chamam a paz a mais miserável das servidões". [...] Quando vejo os outros sacrificarem os prazeres e o repouso, a riqueza, o poder e a própria vida pela conservação desse único bem tão desprezado por aqueles que o perderam, quando vejo animais, nascidos livres e detestando o cativeiro, esmagarem a cabeça contra as grades da prisão, quando vejo multidões de selvagens nus desprezarem as volúpias européias e enfrentarem a fome, o fogo, o ferro e a morte para conservar somente sua INDEPENDÊNCIA, concluo não poderem ser os escravos os mais indicados para raciocinar sobre a liberdade." - Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens.

- Yorran Montenegro.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Eros

Como desejaria / Algo que em si, me valeria / Não o desejo por outrem / Mas o tempo que passaria / Ao lado de quem me detém / Ás vezes, surpreender / Outras, ser surpreendido / De que me valeria desejar aquilo que tenho? / Se não for mais prudente / E assim espero de certo / Desejar o que não tenho / Tempo, tempo, tempo / Sobre ti não tenho controle / Mas a ti desejaria / Oh, querido tempo / Para mais tempo passar / Com a quem já me possui / Aquilo que não mais desejo / Mas que já possuo

De que me valeria desejar algo a que possuo? Não é prudente pensar dessa forma, ou mesmo caluniar os meus desejos pensando em algo assim. É mais oportuno já possuir, e pensar em como contribuir para que o sono dure para sempre, para que o sonho dure para sempre, para que os segundos tornem-se em eterno, aquilo que hoje é passageiro.
Somos tocados pelo mais afinco desejo de um dia, sem mais delongar, embriagar-nos no mais terno desejo de possuir aquilo que não temos. Quando possuímos, perde a graça, quando não temos, ganha sentido o que dantes era sem sentido algum.
O tempo nos levaria a uma conduta infindável de ressentimentos, loucuras, paixões. Mas por que desesperar-se? Por que findar sobre o mar em que um dia Homero findou-se? Por que apoiar-se na velha loucura que um dia mais nos aprisiona? E se for mais um dia, de que nos resta ter sem querer, sonhar em voar, viver sem respirar, saber e não querer mais saber. Doce ilusão essa nossa, que nos prende pelas pernas e nos arrasta por todo o mundo, sabendo que quando temos, já não desejamos, mas quando queremos, assim ganhamos a liberdade.
O querer manifesta o interesse, e o interesse manifesta o “imanifestável”, a vontade de querer sem ao menos nos pertencer. Somos um delírio perto do sonho, um eterno bocejo para a quem nós nos possuímos. Que se assim for, para que desejar, se aquilo já nos foi conquistado? É imensurável o poder do querer, e mais ainda, o poder de não pertencer.

E então, o que mais há de ser então o infindável percurso da vida. É simples: não pertencer e sim, somente, querer.

- Yorran Montenegro.

terça-feira, 15 de julho de 2014

NADA

     As pessoas que nos conhecem mais de perto ficam, muitas vezes, sem entender certas atitudes nossas, isso é relevante, mas em certos momentos nós começamos a pensar: “realmente, eu não o conheço totalmente”. Isso acontece com todas as pessoas. Nós temos amigos, mas nunca o conhecemos completamente, a não ser que o tempo seja o responsável por esse conhecimento, mas mesmo assim, nunca conheceremos alguém totalmente por mais que tentemos. Veja: não importa o quanto de situações passemos, não importa o quando de coisas vivemos, não importa quantos momentos e experiências você possa passar com alguém, nunca a conhecerá ao ponto de dizer por completo o perfil de tal. É sempre meio incerto essa questão de amizade, mas você se supera, você começa a perceber que não é só com você que isso ocorre, e estou falando na maior das expectativas de vida.
     Digo sempre que o ser humano é como um quebra-cabeça, e que ele só pode ser montado por ele mesmo, afinal, ninguém conhece alguém tão ao fundo, tão intimamente que você mesmo, porque, afinal, você é quem é dona de suas escolhas, pensamentos e desejos. Ninguém vai ser responsável pelo seu íntimo a não ser você mesma, e por mais que muitas pessoas estejam ao nosso redor, dia após dia, semana após semana, mês após mês, só nós saberemos quais são nossos verdadeiros desejos, escolhas, opções e opiniões.
     A intimidade é algo tão profundo que muitas vezes, nós como nós mesmos não nos conhecemos como gostaríamos. Quer uma prova? Você nunca se perguntou o motivo de você ter efetuado algumas escolhas ou ter gostado de alguém ou ter vivido certas situações, porque você não fazia ideia do motivo que levou você a viver tudo isso? Pois é: nem nós conhecemos a nós mesmos, somos os mais íntimos de nós, mas não somos ao ponto de sabermos tudo. É engraçado, porque nem mesmo quando os grandes filósofos discutiam o Ser em si, e o não-ser eles sabiam do que estavam falando, pois em tudo o que faziam seu grande objetivo era conhecer a eles mesmos, coisa que nunca foi possível nem nos dias de hoje.
     Não perca seu tempo querendo conhecer a você mesmo, pois vão passar séculos e você nunca chegará a um ponto definitivo, a um ponto final, a um ponto e vírgula talvez, ponto final: nunca. Eu sei que estou falando de nada, especialmente porque você que está lendo talvez nem me conheça, mas ora! Nem eu mesmo me conheço! Vamos lá, sei que guarda um pouco de fôlego em si mesmo e sei que ainda tem esperança de continuar o longo caminho do conhecer-te a ti mesmo, pois, você nunca vai perder a esperança de chegar lá, de chegar ao ponto final do conhecimento em si mesmo, porque, mesmo sabendo de tudo o que estou escrevendo: nunca vou parar de querer conhecer-me mais. É engraçado, estúpido ás vezes, e monótono sempre, mas acho que sinto que, mesmo com todas essas palavras, ainda vale a pena.

     É simples, é semântica, por isso, dou um pequeno conselho: ninguém vai conhecer a você como realmente é. Ninguém! Nem mesmo você mesmo! E acredite, nem mesmo as pessoas ao seu redor, nem muito menos as que você possa conviver mais avidamente ou cordialmente. É natural, é humano. Mas, saiba que, mesmo que você nunca se conheça profundamente, todas as escolhas que você tomou e não sabe o porquê, no fundo, mas, bem lá no fundo, se você parar para pensar bem: você sabe exatamente o porquê. Acredite, eu sei disso. Pare e pense! Não custa nada, só um pouco de tempo...

- Yorran Montenegro.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

LIBERDADE

            Tudo me é lícito, mas, nem tudo me convém; tudo me é alcançável, mas, quase nada me é dado. Somos de certa forma, iludidos quando nos tratamos de liberdade. Conceito falho esse, pois, somos tomados por ações, palavras, arrogâncias e vida.
            Aristóteles me fez de escravo, Platão me pôs na prisão, Direot me fez refém do mundo, Jean-Jacques Rousseau me fez um alienata e me prendeu no mundo, Hume me fez cair em uma inimaginável monotonia, Kant me expôs o mundo, Nietzsche destruiu minhas ideologias, a história pôs ao mundo o tempo, Freud pôs ao mundo a amoralidade, a lei me julga e me aprisiona, o céu possuí um limite físico, a física não me deixou para onde correr, a matemática me expressa a lógica sobre o limite, a velocidade da luz tem um número, os jogos de azar possuem maneiras de serem domados, a sorte pode ser refém dos cálculos matemáticos, a geografia ela se limita ao nosso meio, a língua nos aprisiona em um córtex onde nem aprendendo-se outras línguas me livro dessa curvatura, a biologia me mostrou que nada do que tenho é meu e sim, sou refém, prisioneiro dos meus descendentes, o imperialismo trancou o mundo, o capitalismo ditou regras e nos aprisionou, é tanto que o socialismo foi assassinada pela fuga das regras capitais, Karl Marx me propôs um mundo novo, mas sem liberdade, a vida me foi proposta sem o direito de liberdade, somos regidos por regras que nos impõe um caminho a traçar, o certo e o errado nos põe limites, a vida tem seu próprio limite, as revoluções possuíam seus limites, tudo se tem limite, nada possui liberdade, nem mesmo o voar, pois, ele se detém a leis físicas. O limite é o oposto da liberdade, a liberdade é presunçosa, é ideologia, ideologia é limite, limite é prisão, prisão é falta de liberdade, falta de liberdade sou eu.
            Somos propositalmente ausentes de liberdade. Até mesmo quando queremos mentir nosso corpo, nossas palavras, nossos pensamentos nos remetem a verdade, nosso cérebro nos remete a verdade fazendo com que toda nossa mentira caia por água a baixo, nos deixando vulneráveis, pois nem mesmo sobre nosso corpo temos liberdade de controle, nem mesmo sobre ações involuntárias temos controle, pois somos aprisionados pela barreira cerebral a quem denominamos consciente e inconsciente. Somos reféns de nossa mente, somos reféns de nossa verdade, somos reféns do nosso olhar. Tudo aquilo que nos deixa vulneráveis pode ser chamado de prisão, prisão é falta de liberdade, falta de liberdade sou eu.

            Por isso, sem escapatória, sou limitado, o limite é oposto da liberdade, a liberdade é presunçosa, é ideologia, ideologia é limite, limite é prisão, prisão é falta de liberdade, falta de liberdade sou eu. Detenho-me a uma simples coisa, me detenho a mais falsa liberdade, me detenho a mais singela verdade de que, nesse mundo sem liberdade, posso encontrar algo em que me desperta, pelo menos a doce ilusão de liberdade, essa doce ilusão, nada mais é do que algo para se apegar; esse algo, eu já sei de có, esse algo, eu já sei de trás para frente, no entanto, nunca canso de sentir tal falta de liberdade, tal prisão, tal olhar.

- Yorran Montenegro.

terça-feira, 25 de março de 2014

A FORMIGA É IMPORTANTE

            Nós nos estonteamos por tão pouco! Nossas mais inefáveis ações são tão brevemente vistas por todos aqueles que as desejam. Isto não chega a ser nefasto? Isso não causa espanto? Na verdade, alguns acham até bom ter sua privacidade roubada por um preço tão simplório e fútil que ás vezes qualquer um pode pagar: o tempo (quando acha algum nesse ativismo desenfreado). Veja; apesar das idas e vindas dos nossos ativos dias atuais, somos sempre pressionados pela droga moderna, uma ainda mais forte, viciante, controladora que qualquer outra já criada, seja natural ou sintetizada; deparamo-nos com um abismo ainda maior e mais mortífero: as redes sociais.
            Ás vezes, as pessoas são tão obsoletas em certas ocasiões (com inocência ou por puro prazer momentâneo) que acabam postando suas intimidades nesses devoradores-de-relações-interpessoais. Muitas vezes, acometidos pelos poucos segundos de atenção dados pelas postagens, a partir daí se dão conta que a venda da intimidade traz um valor “recompensador”. A crítica (agora peço licença para expressar minha opinião) que faço nesse momento é: Por que estamos tão carentes ao ponto de nos passarmos à cara de postar com o que estamos nos alimentando; o que estamos fazendo e a formiga preta andando em nossa calçada carregando uma folha na direção noroeste à vizinha da direita? Isso é uma verdadeira carência emocional! Desculpe minha sinceridade, mas as intensões de certas postagens em redes sociais têm trazido à tona a intenção de exibir-se nesse curto espaço de tempo.
            O conteúdo tem ficado de lado! O principal tem sido deixado para trás, tornando-o um secundário em meio a todos os meios e fins vistos e revistos diariamente. É uma verdadeira ascensão de conteúdos muitas vezes desnecessários e infortúnios (como indiretas; as pessoas utilizam as redes sociais para mandarem indiretas uma para outra, uma atitude covarde e mesquinha), daí então me deparo com a frase de Mark Zuckerberg (criador do facebook): “O brasileiro estragou o facebook”. Preciso mais dizer alguma coisa?
            Infelizmente o brasileiro desde suas bases ideológicas tem sido educado de maneira falha. As convicções trabalhistas, o modo de pensar, falar e expressar-se, a importância a coisas infortunas; ao bel prazer de uma curtida em um foto e a mera expressão crítica a algum alheio que pisa em seu calo vez ou outra. Isso é fútil! Devemos começar a desenvolver a nossa maneira de pensar, falar, expressar e saber discernir o que é desagradável e o que é agradável. As pessoas quando entrarem em seu perfil em uma rede social, querido leitor(a), eles não precisam deparar-se com várias indiretas ao namorado traidor, fotos de pratos de comida, o brigadeiro da titia, ao colírio que você usou hoje ou até mesmo o porquê a aspirina foi utilizada às 14h57min da última Quarta-feira do mês de Abril de 2014. Mas sei que muitos não vão acatar a algo tão incomodo, afinal, a formiga é importante.

- Yorran Montenegro.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

PAÍS DO DEPOIS


            Filhos de uma colonização exploratória e ambiciosa, vivemos de mãos atadas ao que está por vir. Vivemos atordoados, e diariamente, sofremos com a herança colonial que nos foi deixada, a famosa história do depois.
            Já ouviram o ditado do “não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”? Ele nunca foi tão desejado quanto por nós brasileiros. É visto diariamente, o número gradativo de pensamentos equivocados que nos cercam. Mas, é na tentativa de nos livrarmos de um problema atual que comprometemos todo um coletivo que ainda está por vir com nossas futuras geração.
            A transposição do Rio São Francisco, por exemplo. Os nordestinos, sofrem diariamente com essa seca, mas, quando partimos para medidas de tentar amenizar este problema, nos equivocamos. Essa transposição pode ser satisfatória para o povo, mas dela, seriamos cercados de problemas ambientais que mais tarde se agravariam. Somos errôneos em tomarmos decisões no desespero. Ficamos incapazes de pensar no futuro, pois, como nossos traços “familiares” somos pré-programados a pensar só no aqui e no agora e não no que isso causaria futuramente.
            Outro exemplo mais evidente, que sofremos atualmente, é o aquecimento global. Esse assunto foi debatido e rebatido pelo candidato à presidência dos Estados Unidos, Al Gore, que na tentativa, não só de candidatar-se, mas de alertar a nós retratou todos os impactos ambientais que o homem projeta diariamente em nosso habitat. No tempo, a opinião do candidato foi repudiada pelos cientistas, e que hoje, tornou-se evidente.
            Diariamente, estamos convictos de que, nossa cultura, nosso modo de pensar, nosso modo de agir não condizem com o tempo que vivemos, onde tudo se precisa pensar no futuro, ou seja, perguntarmo-nos onde nossos filhos viveram no futuro? O que eles vão retirar de conclusões sobre o passado? Será que tais precisaram lamentar e questionar: “Por que eles não tomaram nenhuma decisão enquanto havia tempo”?
            Sejamos cuidadosos com o que temos atualmente. Sejamos práticos, e deixemos nossos pensamentos controversos tão cativados em nossa colonização. Podemos mudar o mundo, mas para isso, você e eu temos que fazer a nossa parte. O mundo pede socorro. Você será negligente, ou começará a pensar nesta dura realidade? O seu futuro, é você quem faz.


- Yorran Montenegro.

quarta-feira, 27 de março de 2013

EDUCAÇÃO


            Injustiça profissional, baixo desenvolvimento (penúltimo no ranking de desenvolvimento educacional), projeção exacerbada de um falso crescimento pela mídia. Esses têm sido os sinônimos aderidos à educação brasileira nesses últimos anos. É certo que, gradativamente, sofremos verdadeiros declínios educacionais, e na tentativa de contornar a situação, o governo cria programas sociais, “tirando de campo” sua responsabilidade e achando na mídia uma forma de reconhecimento público dos seus “feitos heroicos” em um crescimento quantitativo, onde sua preocupação principal devia ser o crescimento qualitativo na educação dos futuros profissionais brasileiros.
            Vivemos em um verdadeiro momento de obscuridade educacional. Esse desenvolvimento acentuado divulgado pela mídia não é visível. Até quando, ficaremos atados às medidas tomadas pelo governo de encobrir essa realidade? Cotas Universitárias é apenas uma desculpa para não investir, de fato, na educação-base. Mas, não é só o povo que acaba perdendo, o Brasil, em si, acaba tardando o desenvolvimento tecnológico no país, agravando mais ainda a situação de país subdesenvolvido.
            A educação nacional tem sido por muitos anos, um problema. Observamos que, em primeiro plano, não temos o investimento qualitativo necessário da parte do governo; em segundo, obtemos uma falha na valorização profissional do professor, que além de tudo, tem o futuro do Brasil em suas mãos, qualificando e educando os futuros revolucionários e profissionais; e em terceiro, os índices de analfabetismo são alarmantes.
De acordo com a Pnad o nível de analfabetismo atinge 9,1% da população com mais de 18 anos. O IBOP divulgou que o índice de analfabetismo no Nordeste chega a 38%. Houve alguma melhora? Sim, certamente houve. No entanto, ainda podemos notar o descuido brasileiro em relação à educação. Por aqui é mais coerente investir na copa do mundo, do que no desenvolvimento educacional do país que tem declinado em relação à educação oferecida por países mais desenvolvidos.
            Sejamos pacatos. Investir na educação é investir no futuro. O desenvolvimento socioeconômico e tecnológico depende do investimento qualitativo na educação. Precisamos de uma valorização profissional maior; precisamos envolver-nos nessa causa incentivando crianças, jovens e idosos à educação, afinal, não tem idade para se aprender. Governo, não retarde o nosso desenvolvimento, está na hora de soltarmos as algemas da hipocrisia social e da herança colonial. Está na hora de vermos o seu crescimento Brasil.


- Yorran Montenegro.

quarta-feira, 20 de março de 2013

GERAÇÃO DA INFORMAÇÃO

          A falta de cuidados e princípios familiares têm causado verdadeiros declínios socioculturais nos padrões da juventude atual. Os fascínios trazidos pela mídia, vêm com o simples interesse no comércio e exaltação exacerbada da "geração da informação", no entanto, os devaneios que cercam essa nova geração têm trazido um sinônimo de vergonha.
          Ultimamente, as notícias de pedofilia, assassinatos e estupros têm resultado em um pensamento de que esses acontecimentos são concretizados por falta de informação, onde na verdade são acometidos pela falta de maturidade da nova juventude.
          Diariamente vivemos atordoados com noticiários indesejados que nos levam a refletir a cerca da verdadeira causa de tantas perdas precoces. Questionamos suas origens e suas consequências, mas esquecemos gradativamente que o verdadeiro culpado é o próprio jovem, que com tanta informação, devia ser totalmente capacitado a desenvolver um senso crítico a internet.
          Há uma necessidade de rever nossos conceitos imaculados a tão inspiradora "nova geração". Tenhamos a sensibilidade de desenvolver uma maturidade crítica sobre os relacionamentos virtuais e valorizemos as relações interpessoais.

- Yorran Montenegro.